sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Tenhamos todos um feliz 2016

Neste início do ano de 2016, deixo um fragmento de um poema de Vladimir Maiakóviski, poeta russo, que nunca me pareceu tão atual:

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.


Que os fatos contrariem as previsões e possamos ter um 2016 promissor.